Muitos cientistas tem suspeitado que existe um grupo de casos escondidos mostrando poucos ou nenhum sintoma, porque um número cada vez maior de pessoas infectadas não estão sendo relacionadas a outros casos de COVID-19 ou viagens a locais atingidos pela epidemia (hotspots).
Provavelmente a evidência mais bem documentada para casos assintomáticos é o navio de cruzeiro Diamond Princess, que passou por um surto de COVID-19 no início de fevereiro enquanto estava em águas japonesas. O navio foi colocado em quarentena e os 3.711 passageiros e tripulação foram repetidamente testados e monitorados de perto.
O estudo de modelagem do epidemiologista matemático da Universidade do Estado da Geórgia em Atlant, Gerardo Chowell, publicado em 12 de março de 2020 na Eurosurveillance (eurosurveillance.com), mostra dos 700 indivíduos infectados no Princess Diamond por volta de 18% nunca mostraram sintomas. “Você tem que lembrar que esta foi uma população especial” com muitos idosos, afirma Chowell. Pessoas mais velhas tendem a sofrerem fortemente quando infectadas com o novo coronavírus, então ele suspeita que a taxa de infectados assintomáticos numa população genérica deve ser perto de 31% reportado pelo time japonês. Considerando os resultados de vários estudos, Chowell acredita que casos assintomáticos e brandos combinados representam por volta de 40 a 50% de todas as infecções.
“Implementando forte medidas de distanciamento social é o único caminho para parar o espalhamento do vírus”, afirma Chowell.
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